Why can't I have it all?
Eu estava muito cansada de todas as séries, filmes e músicas me mostrarem que as pessoas, principalmente mulheres, tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional. Eu decidi que não vou tomar uma decisão dessas. Certo, é uma escolha, mas no final eu terei tudo. Porque eu posso.

O que eu mais queria agora era começar o curso de Relações Internacionais em Fevereiro, mas há tantos (nem tantos, mas um fator muito importante) que me impede de tomar tal decisão.
A outra alternativa é passar seis meses da minha vida parada e depois começar o curso de Direito, que vai me levar ao objetivo final de qualquer jeito, e lidar com a frustração de passar esse tempo sem ser realmente produtiva.

No começo eu fui bastante contra à essa ideia por puro orgulho. Eu não queria ver todo mundo em seus respectivos cursos enquanto eu fico em casa jogando Guitar Hero, eu não me orgulho disso. Mas eu também não posso viver minha vida sem pensar em mim. Eu preciso mais do que nunca desses seis meses, muitas coisas podem se resolver e depois desse ano, eu acho que mereço.

Há coisas, como as pessoas que a gente ama, que não podem ficar em espera e mesmo eu tendo aprendido a ser um pouco egoísta, essas pessoas são de extrema importância para mim. Eu posso estar perto delas enquanto espero esses seis meses e quando eu chorar e fizer drama por ser uma inútil, eu não vou estar sozinha.

No final eu posso acabar amando Direito da forma que amo Relações Internacionais, eu já gosto muito, toda a ideia me encanta e eu adoraria mesmo fazer um nome como advogada. Ou eu posso fazer RI logo depois de Direito, eliminando algumas cadeiras e morrendo de alegria, tendo mais experiência para o Instituto Rio Branco.

No final das contas, eu vou chegar aonde eu quero em vez de correr para RI e ficar quatro anos longe das pessoas que eu mais amo na vida. Pode não ser a decisão correta e muitas pessoas podem me julgar por isso, eu não me importo, mas é o que vai me fazer feliz, eu tenho certeza.