Vivien Leigh: Anatomia de uma estrela
Nem todos os atores de filmes são estrelas. Qualquer um pode estar em um filme, e na era de ouro de Hollywood existiam tantos "wannabies" e esperançosos como existem hoje em dia. Muitos deles apareceram em dezenas de filmes, mas nunca chegaram realmente ao topo. Precisa-se de uma combinação especial de fatores para conseguir aquela "star quality". Clark Gable tinha. Como também Bette Davis, Marilyn Monroe, Gary Cooper, Cary Grant e Jimmy Stewart. Vivien Leigh tinha também. Mesmo com as constantes alegações de Vivien em que dizia que era uma atriz* e não uma "film star", ela era sim uma "film star" e muito boa, por sinal. Ela era a definição de "star quality".

Mas o que é "star quality" exatamente? Uma potente combinação de glamour, carisma e uma imagem publica maior que a vida. Esses artistas eram extremamente populares em seus dias de glória, e ainda não foram esquecidos. O que é verdade falando em Vivien Leigh, que até hoje está na cabeça de muitos cinéfolos e críticos por sua atuação nos dois filmes que lhe garantiram suas duas estatuetas do Oscar - E o Vento Levou (Gone With The Wind) e Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire) - e ainda são considerados por muitos dois dos melhores filmes da história do cinema.

Vivien Leigh, anatomia de uma estrela.

Glamour;
- s.m. (pal. ingl.) Encanto; simpatia; charme.
Vivien Leigh era a definição de glamour. Mesmo quando não estava toda maquiada e arrumada, mesmo com calças e blusas básicas, ela tinha glamour. E fazia isso sem esforço algum:


Carimsma;

- s.m. Conjunto de qualidades de liderança política tidas como excepcionais ou sobrenaturais e que, por isso, levam ao fanatismo popular.
Depois de E o Vento Levou, Vivien Leigh virou a coisinha mais comentada do mundo. A queridinha da América e da Inglaterra. Ela iluminava as telas, falava com facilidade para multidões, tinha uma aura calma e tranquila em volta dela, um sorriso que iluminava salões e como Rhett Butler diria "mais charme do que a lei permite".



Vivien parecia de alguma maneira, intocável, como se não fosse deste mundo; como se existisse em um mundo paralelo que não permite entrada de meros humanos. Talvez seja porque ela morreu jovem e sem fazer muitos filmes. Talvez porque ela foi a metade de um dos maiores romances do século 20, ou porque era uma figura trágica. Não importa o motivo, ela tinha e ainda tem várias pessoas que a idolatram e a admiram como atriz ou pessoa, mesmo não estando mais entre nós. Ela continua a fascinar as pessoas, e enquanto essas pessoas continuarem a querer aprender sobre ela ou assistir seus filmes, ela nunca será esquecida. Isso é "star quality".