Come what may...
"Sentir-se como se nunca tivesse visto o céu" era uma coisa utópica pra mim, coisa de poemas, contadores exagerados, pessoas cegas. Talvez a cega era eu, a covarde da história. É muito fácil dizer que as pessoas não prestam, que quem ama só sofre, que a vida acaba quando se está em um compromisso, sim, é muito fácil dizer isso quando nunca se amou. Acho que as pessoas só começam a existir quando conhecem o amor, quando sabem apreciá-lo, a dar o valor que ele merece, a importância. Mas também é uma coisa tão grande, tão magnânima que assusta, te faz querer fugir para o mais longe possível. O medo de se entregar, de descobrir que tudo é realmente uma mentira as vezes pode ser maior que a doce viagem que se faz enquanto se ama. Falo por experiência própria. Talvez no momento nem saiba ainda o que é o amor, talvez esteja falando prematuramente, mas é como eu sinto. Não é um mar de rosas, mas que graça teria se fosse? As vezes é infuriante, mas é a força que nos faz viver, está no ar que respiramos, em cada palavra que trocamos e se o que sinto não é amor, que eu continue na doce ilusão, porque é certeza de que se parece com coisa de poemas, coisa utópica, de contadores exagerados e não quero que acabe tão cedo.

"Never knew, I could feel like this,
Like I've never seen the sky before
Want to vanish inside your kiss
Everyday I love you more and more."