What it feels like
Acordei com um bom humor até, mas revirando meu celular achei várias fotos perdidas, fotos das minhas melhores amigas, sim, porque pelo menos uma vez na minha cabeça elas foram isso e senti todo meu bom humor ir embora do mesmo jeito que aqueles dias foram. Momentos perdidos, que pensando bem, não foram perdidos porque aproveitei deles, fui feliz na minha bolha onde todos eram legais e amáveis. Prestei a atenção em alguma aula como robô, sorri quando foi preciso, gargalhei quando necessário, mas não sentia nada a não ser o sentimento de mal estar por não sentir nada. Continuei no mundinho que minha cabeça criou pra mim e percebi de novo que não vale a pena ficar chateada por coisas assim, whatever happened, happened. Olha aí, Dan ficaria orgulhoso de mim se ele existisse lol, vi que não era justo comigo nem com ninguém ficar nessa espécie de luto sem precisar. É triste? É, mas estou viva e até o começo da manhã, feliz. Eu fico com medo de dizer que estou feliz as vezes, com medo de só em falar, fazer o sentimento desaparecer e é tudo tão novo pra mim que quero me agarrar até nos menores momentos como se minha vida dependesse daquilo e sabemos que de algum jeito, depende. Depois me vi cercada de pessoas queridas e vi aquela luz no fim do túnel, hora de sorrir de verdade.
Dizem que é preciso ver o inferno para realmente entender e querer ir para o céu, consegui ver a mim mesma no fundo do poço, sem força alguma para levantar, mas isso foi antes e agora, quando eu esticar a mão, talvez tenha alguma pessoa para me puxar.